quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cerrado

Hoje está tudo assim, meio nublado, mas sem possibilidade de chuva, entende? Nem ao menos uma chuva pra me aliviar desse marasmo, nessa quarta com a maior cara de domingo que se possa ter.

O dia lá fora: lindo, quase perfeito. O sol brilhando, algumas nuvens que flutuam num céu mais que azul, só para dar um charme e fazer com que o pôr-do-sol que há de vir fique mais adornado.

Mas aqui dentro fico com essas nuvens cinzentas, pesadas e imóveis. Tudo em mim fica represado hoje. Bate um medo de olhar para o lado e ser definitivamente só eu mesma. As páginas que deslizo suavemente desse livro com cheirinho de novidade reafirmam minha estranheza em ser uma.

Essa raiva e rudeza só vem para esconder a verdade incômoda. Por mais que venham todas as reflexões, as constatações mais brilhantes, hoje sou sim pesadelo e daqueles que nos tiram o ar, do qual não conseguimos acordar sozinhos. Hoje sou relutância, incerteza, nó na garganta e até mesmo um leve desespero. Precisava mesmo acordar e perceber, como em outros dias que a minha verdadeira natureza é felicidade, mas infelizmente, não hoje...

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