quinta-feira, 21 de abril de 2011

Almost there

Ela ainda não sabia como dizer, nem ao menos o que aquilo tudo significava. Mas era assim, uma voz, uma melodia e tudo mudaria. Mudaria mesmo? Ou tudo aquilo ali ficara ali represado por tanto tempo que ela não conseguia mais entender simplesmente que foram meses e mais meses de prelúdio, de preparação, meditação e incenso, só pra que ela pudesse se fortalecer e encarar a realidade?
Ela também sabia que não era assim que funcionava, não podia simplesmente decidir mudar o rumo de tudo em uma noite qualquer, outra noite em que ela preferira ficar em casa remoendo as maiores tolices imagináveis. Será que realmente ele não conseguia perceber? Mas como ele poderia se ela nunca nem o enxergava?
Ele passava os dias anotando, destoando e entoando de vez em outra os enlaces que se faziam passar despercebidos. Dessa vez as possibilidades que encontrara não se diluiriam com uma noite de sono e sonhos...