sexta-feira, 16 de abril de 2010

Soleira

A cabeça latejando, pesa
O peito que se aperta, sufoca
A garganta travada, em nó
Os olhos ardem, se fecham

Era assim
Não saberia explicar a urgência por inexistência
Queria poder encolher até sumir de vez, sem escapatória

Os dias se perdem na semana
As semanas dançam pelo mês
Os meses escorregam pelo calendário encardido
O tempo se reveste em fluidez inapreensível

Era assim
Falta de sentido, consternação.

Um comentário:

  1. Amei suas palavras!
    Às vezes me sinto como uma máquina impulsionada pela rotina, consumida pelo calendário.

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