quarta-feira, 7 de abril de 2010

Blasé

A angústia que se prediz nesses olhos vazios
Faz parte dessa tristeza que não se explica
Palavras ocas: é marasmo
O nó na garganta palpita

As têmporas latejam incomodamente
O zunido ensurdece
A ignorância rebate
A fuga não mais me ludibria

De que me adianta escapar do mundo
Se um dia hei de voltar?
Não me serve mais falar do descontentamento nas lágrimas que se seguem

É assim, engulo o choro
Esboço algo que lembre um sorriso
E traço poesia

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