sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Enquanto o mundo gira

Dia de música, de conversa, de surpresa, de finalidades, de estupor. Período de mãos dadas, de sobriedade questionável e lábios revolvidos.
O rubor no rosto pouco tinha a atestar. Os sussurros cortavam a noite muda intensamente. As vontades se enlaçavam por entre os lençóis riscados, enquanto as mãos se encontravam de vez em outra, perdidas nas intenções previstas.
Verdades ofegantes transpareciam em meio ao silêncio que ricocheteava nas quatro paredes. Era noite de prelúdio, de desejo, de palavra e de outro tanto não mencionado. Os anseios que deslizavam por entre as duas possibilidades cortavam a madrugada obscura, enquanto os dedos longos tentavam se agarrar ao que pudessem.

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