sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

102- Cinzeiro

Ninguém mais se importa
Se o mundo desfalece
Ou algo lhe rouba
O que parece?

Ninguém mais tenta
Se a verdade atesta
Ou se lamenta
Nada lhe resta...

Ninguém mais arrisca
Se os sonhos vivem
Ou seguem à risca
Nunca antes temem?

Não queria essa consternação morta
Calada, repentina
Nem que se abra outra porta
Tal como chuva vespertina

Não queria esse pranto soluçado
Estático, vazio
Decidido por esse brado
Que tanto deprecio

Não queria esse nó
Que nem se encontra
Voltando ao pó
Que por vontade afronta

Such a tease, ashtray...

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